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Segundo a PNAD de 2023, 46% da população não concluiu a educação básica. Entenda porque a modalidade de EJA é uma importante ferramenta para reverter esse processo

A EJA (Educação de Jovens e Adultos), é uma modalidade de ensino da rede pública destinada às pessoas acima de 15 anos que não tiveram acesso ou não concluíram o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) no tempo regular. Desta forma, a EJA, e suas cinco formas de atendimento (CIEJA, MOVA, CMCT, EJA REGULAR e EJA MODULAR), na cidade de São Paul

o, busca atender à toda diversidade e pluralidade das educandas e educandos, numa cidade igualmente plural, dinâmica e diversa. 

A pluralidade desse público-alvo que frequenta a EJA é uma realidade marcante. Observam-se, dentre outras, a diversidade racial, geracional, étnico-racial, de ritmos de aprendizagem e de gênero. Nesse sentido, o empenho de se reconhecer o perfil dos educandos torna-se essencial para a construção de um currículo que possa, de fato, atender as necessidades culturais, educacionais e sociais de todos, jovens e adultos. 

Deste modo, a organização da EJA deve se pautar nas especificidades e demandas reais dos jovens, adultos e idosos, não mais numa transposição reducionista das políticas pensadas para outras modalidades. As salas precisam estar abertas nos mais diversos períodos e locais da cidade, garantindo-se que todas/os possam acessá-las, através de um planejamento e de uma concentração da oferta de vagas da EJA (Regular e Modular), nos diversos CEU’s espalhados pelos 4 (quatro) cantos da cidade e/ou em locais de passagem e alta concentração da população que faz jus a esse atendimento.

O que acontece, infelizmente, é que as turmas de EJA estão sendo fechadas à revelia, desrespeitando a necessidade daqueles que precisam, e a população não pode ser privada deste direito constitucional da alfabetização e ensino. São Paulo é a cidade que tem a maior quantidade de pessoas em situação de analfabetismo. As pessoas querem voltar a estudar, mas a Prefeitura dificulta de várias formas esse acesso, sua respectiva permanência e conclusão.

Cabe aos governos legitimarem o acesso e a permanência da modalidade de EJA através de políticas públicas assertivas, investindo desde o chamamento público até as condições necessárias para que a/o educanda/o trabalhador/a tenha o incentivo e as condições para iniciar, permanecer e concluir seus estudos. Neste sentido, o professor Toninho Vespoli convocou uma audiência pública para a escuta dos atores envolvidos e cobrar da Secretaria Municipal de Educação o respectivo acolhimento e efetivação das demandas apresentadas.

Portanto, precisamos urgentemente, unir todas as nossas forças, no sentido de garantirmos esse direito inalienável e assim cobrarmos do atual Prefeito, Ricardo Nunes, políticas públicas que assegurem o ensino de qualidade da EJA e que possam igualmente, garantir, de forma efetiva, o acesso e a permanência de todas/os educandas e educandos e em todas as suas formas de atendimento da EJA no município de São Paulo.

E você, já concluiu seus estudos? Conhece alguém que ainda não tenha concluído? No lugar onde você mora tem acesso à EJA? Você já ouviu falar da EJA?

“EJA é investimento e prioridade!” 

Paulo Freire, presente…

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