São Paulo como toda cidade grande possui uma miríade de problemas. De bairro a bairro e de rua a rua o paulistano enfrenta alta criminalidade, insegurança alimentar, poluição e, como não poderia deixar de ter, a temível especulação imobiliária.
De longe a gentrificação é o principal problema que a especulação traz para os paulistanos. E são vários os exemplos espalhados por toda a cidade: Quem se lembra do bairro do Tatuapé num passado não muito distante, entre as décadas de 1980 e início de 1990? As mudanças daquela época para os dias atuais podem ser vistas comparativo abaixo, mostrando os arredores do Metrô Tatuapé em 1983 e 2023.

O bairro era um ótimo exemplo de como uma região pode desenvolver-se com equilíbrio. Afastado do centro sem ser uma distância muito longa, o Tatuapé tinha casas pequenas, mansões, predinhos, vilas operárias, alguns edifícios, pulsante comércio de rua e fábricas (muitas delas). O Metrô, inaugurado em 1981, trouxe alguma especulação já naquela época, é verdade, mas nada comparado ao que vem ocorrendo desde o início dos anos 2000.
O Tatuapé de 2025 é um caos urbano. Saíram as casas e entraram edifícios, muitos deles. Até o prédio mais alto da cidade está por lá, mesmo que a rua onde ele foi construído não tenha a menor estrutura para comportar algo de tão vasta dimensão. Mas isso não importa, o que vale e lotear o bairro até não poder mais. Hoje não há mais quase nenhuma indústria no bairro, restam poucas casas e o que era um bairro de classe média está cada vez mais se transformando em uma região cara, caótica e até de lavagem de dinheiro do PCC por parte de conhecida construtora que atua na região.

Mas engana-se quem pensa que isso se restringe a esse bairro. A especulação espalhou-se por toda a cidade de uma maneira que até a articulação pela preservação de casas e da tranquilidade das pessoas está tornando-se impossível. A rapidez com que ruas inteiras tem suas casas compradas para serem demolidas é tão voraz quanto assustadora. A ação predatória em Pinheiros, Vila Mariana, Vila Madalena, Aclimação é tamanha que os bairros estão ficando irreconhecíveis.

Moradias para classes baixas? Esqueça! Mesmo prédios erguidos para esse fim são rapidamente desviados de função, virando Airbnb ou locação predatória, elevando os custos de moradia e expulsando pessoas mais humildes, forçando-as a viver nas periferias distantes. O resultado disso? Trabalhadores que passam cada vez mais tempo no transporte coletivo – ou até mesmo individual – sem tempo para a família, o lazer, a fé, e até mesmo para acompanhar a educação de seus filhos. Soma-se isso a escorchante jornada 6×1 e o cidadão paulistano se transforma em um escravo do trabalho.
Lutar pelo fim da especulação imobiliária, moradias para as camadas mais pobres e a proteção do patrimônio histórico e arquitetônico paulistano são bandeiras do PSOL que o vereador Toninho Vespoli defende e luta incansavelmente.