

Ao rei e seus amigos, tudo; aos verdadeiros trabalhadores do município, nada
Não, São Paulo não é uma monarquia, mas os tucanos e seus satélites tratam como se assim fosse. Mandam e desmandam, fazem e desfazem sem ligar para a justiça ou opinião pública, essas tão responsáveis e culpadas pelo que o tucanato faz na cidade e no estado.
A base governista na Câmara Municipal resolveu votar um aumento para o prefeito, por mais que fique em silêncio Bruno Covas não foi pego de surpresa e, provavelmente, foi quem pediu e autorizou a colocação desse projeto em votação, até porque para que ele entre em vigor é necessário a sanção do executivo.
Entenda essa votação absurda
Vamos aos fatos: na sexta-feira (18/12) foi convocada sessão extraordinária para segunda-feira (21/12). Na pauta o projeto 173/2018 que versava sobre reajuste anual dos servidores da Casa. Obviamente, conhecendo o andamento da Câmara isso já era motivo para ficar atentos, já que a correção inflacionária é ação da mesa diretora e consenso entre a maioria dos funcionários e um PL de 2020 seria aprovado sem problemas.
Acontece que a Câmara tem a estranha mania de votar, no final do ano civil e do ano legislativo, leis que atacam frontalmente certas categorias da sociedade e, por outro lado, projeto que concedem benefícios a eles próprios e ao prefeito. Por exemplo, em 2016 os vereadores aprovaram o aumento dos seus próprios salários. Já em 2018 votaram pelo confisco salarial dos servidores públicos. Ambos os casos em dezembro desses anos.
Como 2020 foi um ano atípico, tinha-se a crença que os legisladores pegariam leve. Iam entender o recado da sociedade dado nas urnas e respeitar o fato que o poder de compra do povo caiu, inflação subiu, desemprego está em alta e por isso não iriam votar coisas em benefício próprio. Estávamos enganados.
Desrespeito com quem está na linha de frente contra a Covid-19
Durante o ano o professor Toninho Vespoli lutou para que fosse dado um abono aos profissionais de saúde e das demais carreiras do funcionalismo que estão na linha de frente do combate a Covid-19. A base do governo nem deu importância. A alegação era sempre falta de dinheiro em caixa.
Toninho propôs e a Câmara até aprovou que hotéis ociosos acolhessem a população em situação de rua, ou até mesmo fossem usados para abrigar os profissionais de saúde para que ficassem mais próximo aos seus postos de trabalho, mais uma vez não saiu do papel. Quem estava na linha de frente da luta contra o coronavírus ficou a mercê da própria sorte. Algumas vezes até sem equipamento de proteção.
Desrespeito com todo o funcionalismo
A justificativa para o reajuste de 46 % para Covas, Ricardo Nunes e os secretários municipais é que se trata de reposição inflacionária. A mesma reposição que o Tribunal de Contas do Município (TCM) mostrou que a Prefeitura não paga a inúmeras carreiras do funcionalismo.
Veja a matemática de Bruno Covas: o prefeito fez sobrar dinheiro, pagando 0,01% anuais para quase metade do funcionalismo e confiscando 3% dos salários e aposentadorias, com o Sampaprev. De 2008 a 2019, a receita da Prefeitura cresceu cerca de 175%. A inflação, pela FIPE, 86%. O TCM mostrou que, para quase metade do funcionalismo, desde 2008, houve perda de cerca de 45%. Pertinho dos 46% do reajuste!
Covas ainda pagou, ferindo a lei 13.303/2002 e a Constituição, só 0,01% anuais para todos estes servidores, mas hoje a Câmara aprova aumento de 46 % no seu salário, do vice e secretários. Apesar de diminuir o salário real e a aposentadoria dos servidores, a Receita cresceu, durante sua gestão, mais de 30 %, mais que o dobro da inflação. Em breve, vai dizer que precisará de um novo Sampaprev, pois gasta muito com o funcionalismo. Uma grande mentira, pois só gasta 35 % com pessoal direto.
Covas, o radicalmente mentiroso
Passado o período eleitoral e vitória sacramentada, Covas mostra, de fato, quem é o mentiroso e radical em questão. Aquele que mentiu aos trabalhadores das conveniadas dizendo que daria aumento pra elas e nada até agora. O prefeito que segurou os dados de contágio na cidade e dizia que era “fake News” que a cidade teria uma segunda onda e teria que retroceder para a fase amarela do Plano São Paulo.
Covas e sua base mostram agora que são mentirosos e radicais demais e aumentam em 46% o próprio salário. Olha quanta radicalidade.
Minha fala em plenário sobre o PL que aumenta o salário do prefeito, vice e secretários. Mais um absurdo que a Câmara comandado por tucanos e satélites faz contra o povo. pic.twitter.com/WZw9uffRLN
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 21, 2020
A Câmara tem a prática de votar, no fim do ano legislativo, projetos que atacam categorias da sociedade ou que concedem benefícios à classe política. Em 2016, vereadores aprovaram o aumento de seus salários. Em 2018, o confisco salarial dos servidores. Todos em dezembro.
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 22, 2020
Durante o ano, lutei para que fosse dado um abono aos profissionais de saúde e às demais categorias que estão na linha de frente na pandemia. A base do governo nem deu importância. A alegação era sempre falta de dinheiro em caixa.
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 22, 2020
Durante o ano, lutei para que fosse dado um abono aos profissionais de saúde e às demais categorias que estão na linha de frente na pandemia. A base do governo nem deu importância. A alegação era sempre falta de dinheiro em caixa.
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 22, 2020
Apesar de diminuir o salário real e a aposentadoria dos servidores, a Receita cresceu mais de 30 %, mais que o dobro da inflação. Logo, vai dizer que precisará de um novo Sampaprev, pois gasta muito com o funcionalismo. Uma grande mentira, pois só gasta 35 % com pessoal direto.
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 22, 2020
Pós-eleição, Covas mostra quem ele é. Aquele que mentiu aos trabalhadores das conveniadas dizendo que daria aumento pra elas e ainda nada. Covas e sua base mostram quem são os radicais, já que aumentam em 46% o próprio salário e, consequentemente, o da elite do funcionalismo.
— Professor Toninho Vespoli (@ToninhoVespoli) December 22, 2020

Edcarlos Bispo
Edcarlos é jornalista e assessor do mandato do professor Toninho Vespoli