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Analisando as Escolas Cívico-Militares e a Gestão de Ricardo Nunes.

A eleição é um período de intensa reflexão e decisão, mas será que ela se transformou em um vale tudo em que se abandona princípios e se adere a políticas reacionárias sem críticas? Analisemos a postura do prefeito Ricardo Nunes e sua recente adesão ao projeto das escolas cívico-militares proposto por Tarcísio, um eco das políticas do bolsonarismo.

Custo elevado das Escolas Cívico-Militares

Segundo matéria publicada pelo Estadão, cada aluno de uma escola cívico-militar custa ao país três vezes mais do que um aluno de escola pública regular. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes, comparados aos R$ 6 mil investidos em média por aluno do ensino básico na rede pública. Se todos os alunos de 11 a 17 anos estivessem matriculados em instituições militares, o custo seria de R$ 320 bilhões anuais, triplicando o orçamento do Ministério da Educação (MEC). Não há indícios que comprovem a eficácia e efetividade do modelo de educação militar, e pela insegurança da situação, o alto custo deve ser investido nas escolas regulares já existentes, sem a necessidade de passar pela transição para o modelo cívico-militar.

A influência da Abemil e a falta de licitações

A Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (Abemil) é a responsável pelos contratos que levam o modelo militar para as escolas públicas do país, e já soma R$ 11 milhões em contratos assinados sem licitação com pelo menos 10 prefeituras. Presidida por Capitão Davi Lima Sousa, suplente de deputado federal pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a entidade foi criada durante o governo Bolsonaro para promover o modelo cívico-militar nas escolas municipais e agora se aproxima da cidade de São Paulo para o mesmo fim, e de contrato sem licitação o prefeito Ricardo Nunes conhece muito bem.

Falhas na gestão de Ricardo Nunes

A gestão de Ricardo Nunes tem sido marcada por controvérsias e manobras contábeis. Em 2023, ele investiu menos do que o exigido por lei em educação, optando por anunciar a implementação de escolas cívico-militares em São Paulo, numa clara tentativa de atrair o eleitorado bolsonarista. Esse modelo é defendido sob o argumento de que traria mais segurança e disciplina às escolas, mas esconde a exclusão de estudantes trabalhadores e a criação de postos de trabalho adicionais para policiais aposentados, em detrimento dos professores.

O direito à Educação de qualidade

As escolas públicas devem garantir o direito à educação de qualidade para todas as crianças, sem impor modelos que não estejam embasados em documentos legais que norteiam a educação. A implementação de escolas cívico-militares pode penalizar estudantes e suas famílias, que muitas vezes precisam optar por escolas mais distantes, perdendo o direito ao transporte escolar gratuito.

Conclusão

Em um momento em que a educação pública necessita de investimentos sólidos e bem direcionados, a adesão a projetos cívico-militares parece mais uma estratégia política do que uma solução real para os problemas educacionais. Desde já, é crucial que os eleitores e a sociedade em geral reflitam sobre as verdadeiras motivações por trás dessas políticas e demandem uma gestão que priorize a educação pública de qualidade.

 

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